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sexta-feira, 7 de maio de 2010

Saneamento: Belém entre as piores cidades

Instituto Trata Brasil divulga ranking do saneamento com avaliação dos serviços nas 79 maiores cidades do País
Belém está entre aas 10 piores cidades, ocupa a 74ª posição.

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Belém é a 74ª cidade brasileira em rede e prestação de serviços de saneamento básico. A capital do Pará está entre as dez piores cidades em um "ranking de saneamento", revelado em estudo sobre 81 cidades com mais de 300 mil habitantes pelo instituto Trata Brasil. Nesta péssima colocação, Belém está acompanhada por cidades como Nova Iguaçu (RJ), que está em 72ª, e na sequência por Canoas (RS), Rio Branco (AC), Jaboatão do Guararapes (PE), e para servir como consolo, Ananindeua, na Região Metropolitana, está em 77ª, com baixíssimos investimentos e nenhum tratamento de esgoto, além de Duque de Caxias (RJ) e Porto Velho (RO), como as duas piores, também com zero em tratamento de esgoto.
Conforme o estudo, Belém está entre as piores cidades na oferta dos serviços por falta de eficiência dos operadores, que são a Cosanpa (Companhia de Saneamento do Pará), pelo Estado, e o Saaeb (Serviço Autônomo de Água e Esgoto de Belém), pela Prefeitura, além do alto valor das tarifas praticadas e dos baixíssimos investimentos.
Segundo o instituto, assim como as outras cidades, Belém e Ananindeua dão as piores contribuições ao meio ambiente todos os dias. Do consumo de cerca de 220 milhões de metros cúbicos de água por ano, 80% desse volume são despejados como esgoto sem nenhum tratamento na Baía de Guajará, em igarapés, no solo, em rios e outros mananciais, fora o lixo e outros tipos de poluentes. Como consequeência grave, esse impacto é direto na saúde e na qualidade de vida da população
No "ranking das melhores cidades" aparecem Jundiaí (SP), em primeiro lugar, Franca (SP), em segundo. Entre as dez melhores estão ainda Niterói (RJ), Uberlândia (MG), Santos, no litoral paulista, Brasília e Belo Horizonte, que trata 58% de esgoto em relação à água consumida.
Para o Instituto, as 81 cidades "são as que apresentam os maiores problemas sociais decorrentes da falta dos serviços e que concentram cerca de 72 milhões de pessoas no País", afirmou Raul Pinho, conselheiro do Instituto Trata Brasil. O estudo mostrou que entre os anos de 2003 e 2008 houve um avanço de 11,7% no atendimento de esgoto nas cidades observadas e de 4,6% no tratamento. (Fonte: http://www.tratabrasil.org.br/)

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