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sexta-feira, 27 de janeiro de 2012

Suspeição no caso Alepa

 Justiça x Assembleia Legislativa do Pará

Com mais essa denuncia contra 16 “cidadãos e cidadãs” que, de acordo com o Ministério Publico do Estado do Para, que vem cumprindo com suas funções de forma brilhante, fraudaram descaradamente, durante anos, a folha de pagamento da Assembléia Legislativa do Estado do Pará, desviando, portanto, o dinheiro do povo, algumas situações nos chamam a atenção, sendo a mais preocupante a alegação de suspeição por parte de alguns juízes em receber as várias denuncias já devidamente protocoladas no TJE/PA e devolvidas para redistribuição.

Como perguntar não ofende e nem acusa ninguém gostaria de saber, na qualidade de cidadão brasileiro e com muito orgulho, paraense, quais são afinal, os critérios adotados pela Justiça Brasileira/Paraense para que um Magistrado alegue a tal da “suspeição”, pois, pelo que dizem a justiça é cega, ou no Pará ela enxerga apenas o que interessa para alguns Juízes, ou existe algo mais complicador?

Outra situação tão grave quanto, é a (des) atuação do Tribunal de Contas do Estado, que aprovou todas as contas do ex-presidente denunciado e que deveria ser responsabilizado por omissão e/ou conivência, se comprovadas as falhas dos servidores que tem por dever fiscalizar e fazer cumprir a lei.

Não podemos deixar de lembrar também, que os políticos denunciados continuam mandando e nomeando todos os seus “sócios”, em varias secretarias e até em órgão arrecadador de dinheiro do povo, sem que o governador Jatene adote medidas preventivas, objetivando a integridade do patrimônio publico paraense.

Ao que parece, nosso fantástico, mas surrupiado Estado do Pará, está infestado de políticos e servidores corruptos, respeitando-se as exceções, sem que os Tribunais e as Cortes de Contas se façam presentes e adotem medidas legais cabíveis, deixando aos paraenses uma sensação de que no Pará ser bandido é qualidade, o crime compensa e rende como prêmio, cargos importantes com salários que desrespeitam e humilham a grande maioria dos trabalhadores brasileiros.

Finalmente, com tantas “suspeições” alegadas por alguns magistrados, para não receberem as inúmeras denuncias já protocoladas contra agentes de vários crimes praticados na Assembléia Legislativa do Estado do Pará, que está mais para formação de quadrilha e crime organizado do que para uma casa de Leis, o Poder Judiciário Paraense também fica em situação bastante duvidosa, além de jogar no “lixo” todo o trabalho do Ministério Público, que já deveria ter sido elevado à condição de 4º Poder.

Por Armando Amarante Filho
Mosqueiro/PA
amarantefilho@yahoo.com.br

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