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quarta-feira, 24 de agosto de 2011

Médicos protestam em Belém contra situação da Santa Casa


Dezenas de médicos da Santa casa de Misericórdia do Pará protestaram na manhã desta quarta feira enfrente ao hospital usando o slogan 'Médico não é bandido'. A manifestação foi para chamar atenção da sociedade sobre a situação que os médicos do hospital vivem atualmente.

Segundo o sindicato, a categoria está sobrecarregada, com plantões excessivos. O fato veio à tona após a morte de gêmeos, cuja mãe teria tido atendimento negado por uma médica do hospital, por falta de leito na UTI neonatal, caso ocorrido na manhã de ontem.

O ato de hoje visou dar apoio aos médicos da Santa Casa que estão sobrecarregados e sendo tratados de forma errada pela sociedade.

O sindicato vai recorrer ao Ministério Público e à Secretaria de Segurança Pública para que suspenda a determinação de que seja dada ordem de prisão a todo médico que se recuse a atender a um paciente.

A manifestação é um direito de qualquer categoria profissional, desde que cumpram com suas obrigações, principalmente quando se trata de vidas humanas. Ora, já se viu de tudo nesta cidade, mulheres dando à luz a seus Bebês dentro de taxi, de ambulâncias, carros de bombeiros e até nas ruas, contando com a solidariedade das pessoas. Por mais que os “doutores” se sintam sobrecarregados, e aleguem que não há leito, nada impede que no caso da Santa Casa – ou em qualquer outro hospital -, as gestantes sejam colocadas numa maca, mesmo nos corredores e sejam atendidas para que dêem a luz a seus filhos com um mínimo de dignidade.

A vida esta acima de tudo, a dignidade da pessoa humana é um dos princípios fundamentais deste país, o resto se resolve de forma democrática.

Chega de gerarmos notícias negativas para o Brasil. Não é a primeira vez que médicos da Santa Casa de Belém são envolvidos em mortes de Bebês por omissão e até mesmo por negligência.

Reconhecesse os trabalhos dos profissionais da saúde, mas é inconcebível que fatos como esses se repita, pois é obrigação do Estado dar assistência a quem precisa.

Um comentário:

Anônimo disse...

Um verdadeiro Absurdo. Fruto de pessoas covardes, que jamais assumirão a culpa. Dra Maria do Carmo trabalhou comigo dez anos no HC e sempre teve uma postura exemplar: comprometida, serena, segura, séria, educada, centrada, ética e competente, que sempre cultivou a cultura do paciente em primeiro lugar, muitas vezes sendo até mesmo repetitiva em nossas reuniões! Porque na Santa casa seria diferente? Eu falo e repito: Mais um bode expiatório para “maquiar” os desgovernos em ação. Mais uma cabeça cortada, com frieza e sem nenhuma consideração pela confiança firmada em um cargo de DAS. DRA. Maria do Carmo já havia sido cortada de governo anterior do PT, por falar demais. Este talvez seja seu problema: não consegue ser política. Fala a verdade sempre, doa a quem doer!
A imprensa bem que deveria apurar os fatos antes de lançar notas e matérias levianas, assim como o governo não poderia ter sido mais covarde exonerando-a através de programa de televisão enquanto ela estava em reunião com equipe médica para acalmar os ânimos. O verdadeiro culpado é o estado, que não constrói mais hospitais e concentra na Santa Casa os casos mais complicados de média e alta complexidade de todo o Pará. Que não termina nunca a “interminável” ampliação da Santa casa, dobrando a quantidade de leitos. Que ao invés de assumir seus erros culpa presidente e médica por não terem condições de atender mais pacientes. Que exige que o hospital coloque em risco os pacientes já internados em segurança para receber outros de qualquer jeito, sabe deus em qual situação. Que exige que uma presidência de instituição fique caladinha, balançando a cabeça e deixando uma médica inocente ser condenada, acabando com sua carreira e com sua vida. É essa a medida do governo para acalentar o coração daqueles coitados que perderam seus filhos?
É muito fácil comprar ambulâncias para toda e qualquer cidadezinha deste estado, como se isso fosse resolver algum problema, levando mães miseráveis, sem nenhum pré-natal e sem o devido encaminhamento. Afinal, a culpa sempre irá cair sobre o hospital que as receber, no caso, a Santa Casa de Misericórdia do Pará. O que faltava para esta instituição era justamente o que a Dra Maria do Carmo é, e infelizmente não teve seu valor reconhecido pois não é e nem nunca foi “vendida” ou de dobrar-se a forças políticas. Afinal, os governos não são tão diferentes como imaginamos não é? Estamos vendo erros do Governo anterior se repetindo. Só que desta vez o SINDMEPA e CRM já se manifestaram a favor das doutoras envolvidas, oferecendo apoio jurídico. Só nos resta torcer para que a opinião pública resista a tanto sensacionalismo e entenda de uma vez por toda que o único assassino é a máquina.