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quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Aprovado na Câmara projeto que proíbe pais de baterem nos filhos

Atenção senhores pais, baterem nos seus filhos pode ser crime!

Câmara aprova projeto que proíbe pais de baterem em filhos


A comissão especial criada para analisar a chamada Lei da Palmada (PL 7672/10, do Executivo) aprovou, hoje (14), em caráter conclusivo, a proibição do uso de castigos físicos em crianças e adolescentes. O texto seguirá para o Senado, exceto se houver recurso para que seja apreciado pelo Plenário da Câmara.

A relatora do projeto deputada Teresa Surita (PMDB-RR), disse que o projeto prevê que pais que maltratarem os filhos sejam encaminhados a programa oficial de proteção à família e a cursos de orientação, tratamento psicológico ou psiquiátrico, além de receberem advertência. A criança que sofrer a agressão deverá ser encaminhada a tratamento especializado.

As medidas serão aplicadas pelo juiz da Vara da Infância. Teresa Surita destacou que não há, no texto, qualquer previsão de multa, prisão ou perda da guarda dos filhos.

"Dar uma palmada não é crime, não acontece nada com os pais como punição. Não se propõe que se puna ou penalize os pais. [...] Mas a palmada é uma violência, é o início de qualquer agressão. A essência da lei é proteger a criança de qualquer agressão", disse a deputada.

Pelo texto do projeto, crianças e adolescentes "têm o direito de serem educados e cuidados sem o uso de castigo físico ou de tratamento cruel ou degradante, como formas de correção, disciplina, educação ou qualquer outro pretexto, pelos pais, pelos integrantes da família ampliada, pelos responsáveis, pelos agentes públicos executores de medidas socioeducativas ou por qualquer pessoa encarregada de cuidar, tratar, educar ou proteger".

"Na educação de crianças e adolescentes, nem suaves palmadinhas nem beliscões, nem xingamentos, nem qualquer forma de agressão, tenha ela a natureza e a intensidade que tiver, pode ser admitida", afirmou a relatora da proposta no parecer lido na Comissão Especial.

Um dos artigos do projeto de lei prevê multa de três a 20 salários mínimos a médico, professor ou ocupante de cargo público que deixar de denunciar casos de agressão a crianças ou adolescentes. A denúncia pode ser feita ao conselho tutelar ou a outra autoridade competente, como delegado, Ministério Público ou juiz.

A presidente da Comissão Especial, Érika Kokay (PT-DF), defendeu a proposta. "O castigo corporal só muda o comportamento na frente do agressor. Não é um mecanismo eficiente de convencimento, porque não muda a conduta de quem é agredido. Quem é agredido aprende a resolver conflitos através da violência e a subjugar o mais fraco."

De acordo com o texto do projeto, castigo físico é "ação de natureza disciplinar ou punitiva com o uso da força física que resulte em lesão à criança ou adolescente". Já tratamento cruel ou degradante é definido como "conduta ou forma cruel de tratamento que humilhe, ameace gravemente ou ridicularize a criança ou o adolescente".

"O que todos querem é que fique 'castigo físico', porque se trata de uma agressão com objetivo de correção, tem caráter disciplinar", disse Teresa Surita. Segundo ela, havia uma preocupação da bancada evangélica de que a lei significasse uma interferência do Estado na família.

"Nós dissemos a vossa excelência que não gostaríamos de ver no texto a palavra castigo, gostaríamos que fosse alterado para agressão. Quero saber por que não houve essa alteração, já que tínhamos um acordo", afirmou.

 
Comentário:
Certamente mais uma lei para se somar as milhares sem sentidos. Resta saber o que se entende por palmadas. Qualquer tipo de agressão é intolerável, mas punir um pai ou uma mãe por repreender seu filho com uma "palmada" é demais.

Eu e meus irmãos por exemplos, quando éramos crianças, nossos pais nos repreendiam com palmadas, até mais que isso. Cansamos de apanhar com "galhos" de goiabeira, sandálias e outros apetrechos que serviam para nos educar. A educação, aliada com correção não coloca uma criança em maus tratos, claro, na proporção de cada ato. Quem nunca apanhou de seus pais? Talvez pelo excesso de proteção as crianças e adolescentes de hoje não respeitam seus genitores, coisa que outrora não aconteceria. Não tínhamos medos de nossa mãe nem de nosso pai, mas sim respeito, diferentemente de hoje, onde as novelas e filmes nas TVs, incentivam o caminho errado.

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