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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Um Belo Monte de merda que a Norte Energia tem de enfiar em outro lugar.

Por Ana Célia Pinheiro
Blog A Perereca da Vizinha

Essa questão do descumprimento de acordo da Norte Energia com o Governo do Estado é apenas filigrana.

Ou, pior ainda, miçanguinha e espelhinho, para toldar o discernimento do distinto público.

Se a Norte Energia causa prejuízos ao Pará por comprar R$ 100 milhões ou R$ 500 milhões em maquinário fora do estado, isso é apenas uma gota d’água no oceano, em relação ao massacre que a hidrelétrica de Belo Monte representa.

Massacre das populações indígenas. Massacre da floresta amazônica. Massacre das cidades atingidas por esse projeto criminoso.

Em Altamira ou Vitória do Xingu de há muito já se vivencia o horror decorrente da chegada de milhares e milhares de migrantes sem que exista dinheiro para atender às demandas por eles geradas.

E a verdade é que as “mentes brilhantes” de Brasília não estão nem aí para as violências cometidas por esses projetos megalomaníacos contra a nossa gente. Para as “mentes brilhantes” de Brasília, a Amazônia e o Pará só existem como “exotismo” ou como armazém de onde tudo se retira a qualquer tempo.

Belo Monte é um crime hediondo.

Um crime hediondo contra o meio ambiente, os direitos humanos, os cofres públicos e a própria Democracia.

E mesmo que a Norte Energia comprasse R$ 100 milhões, R$ 1 bilhão, R$ 3 bilhões em maquinários no Pará, ainda assim esse projeto continuaria a ser uma patifaria - e um tapa na cara de todos nós que acreditamos que crimes assim não poderiam se repetir em pleno Século XXI.

Esse Belo Monte de roubalheiras, Belo Monte de ratazanas, Belo Monte de violências tem é de ser cessado – e não simplesmente “embaraçado” por causa de uma merreca de R$ 100 milhões.

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