"A corrupção na Assembleia Legislativa do Pará, corrói demasiadamente as riquezas do povo paraense"
Mais uma vez o Pará é destaque na mídia nacional. A Rede Globo de Televisão mostrou ontem (09), o escândalo que envolveu alguns servidores e deputados da Assmbleia Legislativa, no desvio de recursos públicos. A reportagem mostrou que o esquema deu-se nos anos de 2007 e 2010, onde usando servidores “laranjas” praticavam atos ilegais, com salários e gratificações altíssimas em proveito próprio.
A reportagem mostrou ainda a recente decisão judicial que determinou a quebra do sigilo bancário da Alepa e explicou que o objetivo do MPE é comparar a folha de pagamento oficial, apreendida na Casa, no último 19, com a folha efetivamente paga pelo banco a cada mês. Há indícios de que a folha verdadeira tinha os pagamentos ilegais apagados antes de ser arquivada no Departamento Financeiro.
A doméstica analfabeta Ivonete Silva, de 43 anos, aparece na matéria veiculada ontem pelo JN. No contracheque emitido sem o conhecimento dela, Ivonete aparece com salário de R$ 10.137,00. 'Você acha que se eu recebesse esse salário eu morava assim numa casa com essa condição?', questiona ao repórter. 'A gente precisando de médico, de polícia na rua. É revoltante', conclui ela. Outro laranja entrevistado foi o vendedor de mariscos Ricardo Rafael Monteiro da Silva, de 24 anos, que vive de um salário mínimo (R$ 545,00). Ele também teve o nome incluído na folha da Assembleia como técnico legislativo com salário de R$ 15.700,00. De acordo com o contracheque a nomeação teria ocorrido em primeiro de agosto de 1988, época em que ele tinha apenas um ano de idade. 'Tem gente se aproveitando do meu nome', reclama.
A matéria da Globo deu destaque ao ex-deputado José Robson Nascimento, o Robgol (PTB), que mantinha parentes do interior da Paraíba, onde nasceu, como fantasmas em seu gabinete na Assembleia Legislativa do Pará. A reportagem também mostrou as pilhas de cédulas apreendidas na casa de Robgol, no total de R$ 500 mil, durante a busca e apreensão realizada pelo MPE com autorização judicial, no último dia 19.
O promotor de Justiça Arnaldo Azevedo, que conduz as investigações no Ministério Público, disse acreditar que o dinheiro seria originário dos salários que os parentes do ex-jogador recebiam na Alepa. 'Os parentes (de Robgol) que moram na Paraíba figuravam na folha, mas nunca trabalharam na Assembleia Legislativa do Pará', assegurou o promotor.
A sociedade deve se manifestar não deixando o tempo passar, para que esses larápios do dinheiro do povo não fiquem impunes, esnobando da cara de quem acreditou, elegendo políticos sujos pensando tratar-se de homens sérios e honestos.
Que sirva de exemplo ao eleitor paraense os fatos em evidências, que as pessoas criem vergonha e elejam políticos sérios, políticos comprometidos com as causas do povo.
Infelizmente são sempre as mesmas “caras”, sempre os mesmos parlamentares, poucas são as mudanças, não podemos mais aceitar que deputados usem recursos do povo em causa própria, não podemos mais aceitar que esses “sanguessugas” continuam a sangrar os cofres públicos do nosso estado.
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