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segunda-feira, 2 de maio de 2011

Manoel Pioneiro fala da ação do MPE

Presidente da Assembleia Legislativa do Pará, fala sobre pedido de quebra de sigilo bancário do Legislativo

O presidente da Assembleia Legislativa do Pará, deputado Manoel Pioneiro, em entrevista coletiva à imprensa, no início da tarde desta sexta-feira (29/04), manifestou a sua mais completa surpresa e estranheza diante da decisão da quebra do sigilo bancário do Poder Legislativo. A determinação é do juiz Elder Lisboa, da 1ª Vara da Fazenda Pública de Belém, que obriga o Banpará a informar ao Ministério Público a movimentação em contas correntes por depósitos feitos na folha de pagamento da Alepa nos últimos 17 anos. Tudo em um prazo de quinze dias.

Ainda segundo Pioneiro. “nós estamos sentido a invasão de instituições e nós queremos respeitar as instituições, assim como elas nos devem respeitar”, avaliou. O deputado se disse na obrigação de defender o Poder Legislativo. “O que for feito será feito em decisão coletiva”, afirmou. O presidente defendeu uma nova maneira de administrar a Assembleia Legislativa. “Esse Poder terá que ser reconstituído de qualquer forma e nós temos a obrigação de mostrar transparência e moralidade com as pessoas lá fora”, disse.

Por último, Pioneiro garantiu que os problemas que estão sendo investigados ocorreram, exclusivamente, em gestões anteriores. “Na minha gestão não houve irregularidades. Faço até um desafio nas folhas do dia primeiro de fevereiro pra cá. Podem até ter recebido irregularmente no primeiro mês porque não teria sido detectado, entretanto, podem ter certeza que a partir do segundo mês as coisas mudaram muito”, disse. Ele citou, como exemplo, o corte da resolução número dez que permitia ao presidente conceder gratificações aleatórias para qualquer funcionário.


Comentário

O deputado Manoel Pioneiro, ao se pronunciar contra a decisão do Dr. Elder Lisboa, juiz da 1ª Vara da Fazenda Pública, que obrigou o Banpará a dar todas as informações sobre as movimentações bancárias dos servidores da ALEPA, se mostrou tanto quanto "indignado". Ora senhor deputado, se a justiça invade outro poder, quem teria competência para tal? Imagine se os Ministérios Público Federal e Estadual se calassem, certamente a “farra” seria maior.

Segundo ainda o senhor Manoel Pioneiro, o mesmo garantiu que os problemas que estão sendo investigados ocorreram, exclusivamente, em gestões anteriores, ora, então porque essa manifestação contrária à decisão do juiz Elder Lisboa? O dever do senhor presidente, é justamente permitir que a justiça faça sua parte, isso se realmente houver interesses em colocar na cadeia aqueles que enriqueceram ilicitamente, que aproveitando o "poder" e o cargo, desviaram em causa própria milhões de reais.

Na verdade, dá vergonha essa casa de leis do Pará, tirando-se as exceções é claro. Como pode servidores que nem concursados são, receberem salários superiores ao do próprio governador do Estado?

A justiça precisa esclarecer a sociedade a real situação em que se encontra a Assembléia Legislativa do Pará. Uma coisa é certa, para o povo paraense, os deputados (os envolvidos no caso) sujaram o nome do nosso Estado e ainda querem impedir que seja criada uma CPI, talvez para esconder seus nomes, para que novas descobertas não sejam divulgadas.

Parabéns as autoridades judiciárias. O povo ainda acredita na justiça!

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