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quarta-feira, 8 de junho de 2011

Rafinha do CQC é acusado de encorajar estupro pelo Conselho da Condição Feminina

08/06/2011 - 09h05
Com informações da Folha.Com

O Conselho Estadual da Condição Feminina de São Paulo, órgão institucional formado por representantes da sociedade e do poder público, divulgou nota de repúdio contra o humorista Rafinha Bastos, do programa "CQC".

Na nota, o conselho critica as declarações sobre estupro feitas por Bastos em seu show de comédia stand-up reproduzidas na revista Rolling Stone e diz que sua piada encoraja os homens.

Rafinha Bastos é criticado em nota de repúdio
de Conselho Estadual da Condição Feminina
"Toda mulher que eu vejo na rua reclamando que foi estuprada é feia pra caralho. Tá reclamando do quê? Deveria dar graças a Deus", disse o humorista.

"A liberdade de expressão, direito previsto constitucionalmente, encontra limite quando em choque com outro direito, que é o da dignidade da pessoa humana, que está acima de qualquer outro", diz a nota. "No caso, estamos a falar da dignidade da mulher, do direito assegurado internacional e nacionalmente de não ter sua imagem estereotipada, bem como ter o direito à escolha de com quem manter relação sexual."

O conselho vê na piada de Bastos conteúdo machista e preconceituoso, "encorajando homens, bem como fazendo parecer que o crime de estupro, hediondo por sua natureza, não seja punível".


Fonte:
http://www1.folha.uol.com.br/ilustrada/926924-rafinha-bastos-encoraja-estupro-diz-conselho-da-condicao-feminina.shtml
 
Comentário:
 
Usar um programa de TV para fazer qualquer tipo de apologia ou mesmo de discriminação é crime. O humor tem limites. Esse rapaz com sua imensa tatuagem no braço, não é a primeira vez que fala “asneira" em rede nacional de TV. É inconcebível que uma televisão como a bandeirantes se omita sobre os comportamentos de seus apresentadores. Esse tipo de palhaçada, que não podemos dizer que seja reportagem, não poderia ir ao ar e o Ministério Público deveria agir para que fatos iguais não se torne a repetir.

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