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sábado, 12 de fevereiro de 2011

Prefeito de Macapá ganha liberdade


Após dois meses preso, prefeito de Macapá é solto


O prefeito de Macapá, Roberto Goés (PDT), deixou a Superintendência da Polícia Federal em Brasília na noite desta sexta-feira (11), onde estava preso há dois meses. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) acatou pedido de revogação de prisão e expediu um alvará de soltura. Goés desembarcou neste sábado (12) em Macapá e, segundo sua assessoria de imprensa, reassumirá o mandato na terça-feira (15).


Acusado de fraude em licitações, Goés foi preso no dia 18 de dezembro de 2010, durante desdobramento da operação Mãos Limpas. Além de fraude em licitações, a PF acusou Goés de ocultação e destruição de provas para atrapalhar as investigações. Ele sempre negou as acusações.

A operação Mãos Limpas, iniciada em setembro de 2010, levou para a prisão o então governador do Amapá, Pedro Paulo Dias (PP), o ex-governador Waldez Góes (PDT), o presidente do Tribunal de contas do estado Julio Miranda, empresários e secretários de governo e da prefeitura de Macapá. A operação investiga desvio de recursos públicos no estado.

Foi constatado, de acordo com a PF, que a maioria dos contratos administrativos firmados pela Secretaria de Educação não respeitavam as formalidades legais e beneficiavam empresas previamente selecionadas.

Apenas uma empresa de segurança e vigilância privada, segundo a investigação, manteve contrato emergencial por três anos com a Secretaria de Educação, com fatura mensal superior a R$ 2,5 milhões, e com evidências de que parte do valor retornava, sob forma de propina, aos envolvidos.

Dois meses de prisão é pouco para quem usurpou recursos públicos cometendo fraudes em licitações para beneficiar terceiros e a si mesmo. O correto seria que esse gestor não assumisse de volta a prefeitura de Macapá. Mas como no Brasil o crime compensa, o prefeito acusado será reintegrado ao cargo, ou seja, vai continuar a administrar a capital do Amapá e certamente fará novas licitações.

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