Páginas

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Votação do salário mínimo foi autoritária, disse Aércio Neves

O senador Aécio Neves (PSDB-MG), fez duras críticas à forma como o aumento do salário mínimo foi apresentado e aprovado na Câmara dos Deputados, ele chamou de forma "autoritária" do governo lidar com a questão.

"Esta é a primeira relação da presidente eleita com o Congresso Nacional. Acho que o governo tem todo direito de defender sua proposta para salário mínimo, mas tem que fazer isso como prevê a Constituição: anualmente e por lei. É uma violência enorme esta tentativa de subjugar o Congresso Nacional, buscando aprovar a partir de agora a majoração do salário mínimo via decreto", disse.

Segundo Aércio, além de contrariar "violentamente" a Constituição, esta forma "foge à lógica". "Me chamou muito a atenção uma declaração durante esta semana do ministro das Relações Institucionais. Quando perguntado como seria a votação, ele disse ''a ordem é votar''. Um governo que assume dando ordens ao Congresso Nacional traz consigo um viés autoritário que não é bom para a democracia".

O senador afirmou que seu partido vai bater bastante nesta mesma tecla durante a próxima semana e que ele "tem esperanças" de tentar reverter a posição de alguns senadores para que o decreto não passe pelo Senado. Se isso não acontecer, garantiu que a Justiça será acionada, via STF.

"O que está em jogo não é a aprovação deste ou daquele valor. Há algo muito mais relevante em jogo, que é o papel do Poder Legislativo. Ou vamos cumprir o nosso papel constitucional de legislar, inclusive sobre esta matéria, ou vamos permitir já na largada deste novo governo que o Congresso Nacional mais uma vez se agache perante o Poder Executivo. É extremamente grave isso que está em jogo", afirmou.

Comentário:

Não é de hoje, ou nunca foi, que o congresso não representa o povo e sim o poder. As pessoas elegem seus representantes para criar leis de interesses de todos, da nação. O que se vê no congresso brasileiro é o comprometimento de nossos parlamentares em "agradar" o presidente ou seguir o que "manda" os partidos. Por isso, o povo brasileiro não deve achar que seu deputado ou senador esta alí (câmara ou senado) para lhe representar, ledo engano, se qualquer projeto que interessa ao governo e prejudique a sociedade, certamente a opção de nossos parlamentares é votar o que determina o poder, ou seja, sair em defesa de seus própiros interesses.

Nenhum comentário: