Um jornal de grande circulação em Belém publicou neste domingo (21/10), um artigo sobre os advogados “fichas sujas”, onde seu autor atribui (em parte) o grande índice de maus advogados por culpa da “proliferação” de cursos de Direito espalhados pelo país. Segundo o autor do referido artigo muitos dos novos causídicos são desqualificados e carentes de conhecimentos e que vão para o mercado de trabalho sem uma boa formação ética e moral.
A culpa pela existência de advogados “fichas sujas” é das instituições de ensinos que se proliferam no Brasil? Respeitando a opinião do renomado advogado autor, penso que o caráter, a moral e a ética é questão subjetiva, ou seja, estar dentro de cada um.
Em todos os seguimentos da sociedade há profissionais “fichas sujas” e não podemos culpar as instituições que formam esses profissionais, pois mesmo antes dessa “proliferação” de faculdades já existia advogados com comportamentos inadequados a profissão tão briosa que escolheram, e muitos desses advogados estudaram nas melhores universidades, diga-se de passagem.
Vimos todos os dias na mídia nacional, advogados que são viciados em drogas, acusados de crimes dos mais diversos tipos, juízes, promotores, políticos, enfim, pessoas das mais diversas profissões sendo acusadas por práticas errôneas no exercício de suas atividades, e não podemos culpar as instituições, até porque elas existem para qualificar os estudantes que não conseguem uma vaga nas universidades públicas, onde a carência é acentuada, haja vista que seriam necessárias mais universidades, principalmente para o curso de Direito que é um dos mais procurados.
Sabemos que a base para uma boa formação vem de “baixo”, desde o ensino médio, para quando chegar ao ensino superior o aluno possa concluir seu curso com bom aproveitamento.
Quanto aos advogados “fichas sujas” a própria Ordem dos Advogados do Brasil, deveria agir de forma mais enérgica afastando e se necessário cassando os registro desses causídicos que não honram a profissão que escolheram, assim como vem acontecendo com políticos que tiveram suas candidaturas negadas para cargos eletivos.
Sou estudante do curso de Direito de uma faculdade particular, e sei muito bem qual é o dever de um advogado, que não é somente defender causas, mas também saber ter moral e ética, independentemente onde ele se formou. Pela minha experiência de vida, pelos meus anos de serviços prestados a sociedade, escolhi esse curso para num futuro bem próximo exercer a profissão de advogado, que repito, é uma profissão de respeito igual a todas.
Jamais penso em me envolver pela ambição ou ganância extorquindo pessoas carentes para ter uma conta bancária mais “polpuda”, pelo contrário, que os dividendos venham de forma justa e honesta sem precisar entrar na listas dos “inimigos” da advocacia.
O advogado é um defensor da sociedade. Infelizmente em qualquer profissão há maus profissionais, de comportamento inidôneos, mas em quantidades insignificante que não chega a sujar o nome da OAB nem dos bons advogados que são a maioria.
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