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segunda-feira, 1 de novembro de 2010

DILMA, a primeira mulher presidente do Brasil.

O que esperar? Não sabemos. Aliás, seu destaque se deu efetivamente por conta de seu cabo eleitoral e estrela internacional, “Luiz Inácio Lula da Silva” que lhe concedeu a vitória. Não estamos questionando aqui se quem comandará o País será homem ou mulher, conforme muito utilizado por ela em suas campanhas, assim como sempre enfatizava Lula nos palanques, já que um dos pedidos para que ela fosse eleita seria a condição de o Brasil ser Governado pela segunda vez por uma mulher, sendo que a primeira a fazer foi a Princesa Izabel, lembram?

Mas qual a qualificação e capacidade de gestão política da Dilma? Ora, todos sabemos que a experiência política, sem dúvida, é um grande pré-requisito e ela não teria tal condição em seu curriculum, salvo a sua assunção a alguns cargos não eletivos em vários setores da administração pública, dentre eles a própria Casa Civil da Presidência da República. Na verdade, podemos comparar nesse estágio Dilma ao Dunga, que sem experiência foi escalado para comandar o mais alto escalão do futebol brasileiro, a seleção brasileira. E o resultado...?
E se compararmos Lula a Dilma? Seriam eles iguais? Lula já foi eleito antes, foi deputado federal, vereador e Prefeito de São Bernardo do Campo em SP. Dilma foi...! Ora, certamente que ser experiente por haver exercido um cargo político pelo processo eletivo conta bastante, sem dúvida, já que o nosso País tem várias histórias de políticos eleitos e cujas experiências na administração pública foram desastrosas. Mas pode ser que a nova Presidente (ta) faça diferente, sem dúvida nenhuma, muito embora a contra-gosto dos que lhe opuseram. Ela comandará o País e querendo ou não seus opositores têm de aceitar, já que o cargo político não pertence a tal ou qual canditado (a) ou partido, mas ao povo e a nação, ao Brasil e tem ela o dever de Presidir pelo interesse geral e não partidário ou segundo suas convicções pessoais.

De certa forma, dentre as várias propostas apresentadas pela ex-canditada e agora eleita “Presidenta” ou “Presidente” uma seria o continuísmos do Governo “Lula”, com a manutenção do crescimento econômico e a captação de maiores investimentos ao País. Todavia, é sabido que o “Lula” foi, acima de tudo, uma estrela política que brilhou muito e sem dúvida conseguiu grandes estratégias para contribuir com o desenvolvimento de nossa economia e colocar o País com grande visibilidade lá “fora”. Por outro lado, o mesmo “Lula” deixou de cumprir muitas promessas de campanha, tais como as reformas política, tributária, previdenciária e a trabalhista, setores esses que se constituem como elementos de suma importância ao nosso contexto interno econômico e social.

Dilma, certamente pouco falou a respeito disso em sua campanha eleitoral, tendo ela, apenas enfatizado, pelo que se viu e ouviu nos debates, a questão religiosa, o que certamente tirou muito de seu brilho. Resta saber, portanto, se ela irá dar continuidade ao Governo do “Lula”, já que por conta da história de ambos, Dilma foi eleita como se Lula tivesse sido, conforme se observou nesses dois últimos meses em que Lula quase não governou o País, tendo ele trabalhado ferrenhamente na campanha eleitoral. Aliás, esta é a primeira vez que o Brasil passa, após 500 anos de história, para uma continuidade eleitoral ininterrupta de três vezes seguidas de eleição num mesmo partido, sendo duas com Lula e uma com Dilma. Nos anteriores, foram dois processos eleitorais com Fernando Henrique, e os demais só foram substituições como Itamar, Sarney, Collor, este eleito e expulso.

Na realidade, podemos dizer que quem venceu a eleição foi o Lula e não a Dilma, uma vez que não se tem qualquer concepção de experiência política da referida candidata na história do País, a não ser suas aparições sempre ao lado dele em viagens e palanques (estratégia visual), o que trouxe aos eleitores uma perspectiva de manutenção da atual situação econômica do País por conta da era “lulista” que irá ser substituída agora pela era “dilmista”.

Terminado o processo eleitoral, só nos resta agora é fiscalizar e verificar se a era “dilmista” será igual ou melhor a era “lulista”, e nesse passo o Lula poderá sair da Presidência como exemplo de governante e herói da massa, mas dependendo de “Dilma”, será também um vilão, caso ela não consiga a continuidade do modelo apresentado por ele, produto esse que foi ofertado exaustivamente durante a campanha, podendo ele ficar “queimado”, conforme o jargão popular, se ela vier a falhar no modelo proposto.

Uma coisa é certa e disso não podemos esquecer, Lula é um e Dilma é outra. São iguais em partidos, mas diferentes ideologicamente e certamente não podemos esquecer de uma frase comum e amarga de se ouvir no dia a dia: “O poder não muda as pessoas, mas a revela”. Que isso não seja a característica de Dilma.

Esperamos que a nova Presidente (ta) tenha brilho em sua gestão e apesar de ser seu opositor, torço pelo sucesso do seu Governo, já que seus atos irão interferir diretamente em minha vida e portanto meu País precisa seguir no processo de crescimento e tenho certeza de que ela fará e dará o seu melhor.

Boa sorte Presidenta
Carlos Vasconcelos
Advogado

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